Vídeos da OQE
Nesta seção, você encontra vídeos com fundamentos e outros conteúdos importantes na abordagem OQE, além das práticas mais comuns nos atendimentos realizados no Instituto de Psicologia da USP.
Beatriz de Paula Souza apresenta os principais fundamentos da OQE, iniciando pelo conceito de queixa escolar, que passa pela consideração da rede de relações que o engendra e sustenta. Destaca a dimensão social e histórica dos fenômenos humanos e, portanto, a importância de levar em conta a escola e seus funcionamentos na compreensão e intervenção em situações de sofrimento e dificuldades no processo de escolarização.
Dos conceitos orientadores da OQE desdobra-se um trabalho com os principais atores que produzem a queixa escolar e suas relações. Os princípios de atuação apontam, então, na direção de promover diferentes espaços e modos de expressão, favorecendo que as potências dos envolvidos na trama das queixas escolares possam emergir. Estes e outros princípios entrelaçam-se nas possibilidades da terapia breve e focal.
A fim de conferir concretude aos conceitos e princípios da OQE, Beatriz de Paula Souza apresenta momentos e procedimentos mais comuns nos atendimentos realizados no IP-USP nesta abordagem, da inscrição ao encerramento, além do acompanhamento. Tendo em vista que o sujeito do trabalho é a rede de relações que produz a queixa escolar, são abordados não apenas os encontros com as crianças e adolescentes encaminhados, mas também os encontros com os responsáveis, com a escola e com outros profissionais da rede. Na seção de vídeos intitulada “Como fazemos”, você encontrará detalhes do processo.
Esta série apresenta, de maneira detalhada e com exemplos, percursos, práticas e materiais utilizados mais comumente nos atendimentos OQE do Instituto de Psicologia da USP. O objetivo é mostrar como, lá, concretizamos os fundamentos e princípios apresentados na série “Introdução”, oferecendo ideias e fontes de inspiração a quem queira compreender e/ou utilizar elementos desta abordagem. A intenção não é fornecer modelos prontos; seria incoerente com o respeito às singularidades de condições e características de diferentes instituições e pessoas interessadas na OQE.
Orientado por princípios como o de oferecer espaço de comunicação significativa e o de colher as narrativas dos principais personagens da trama da queixa escolar, o trabalho com responsáveis por crianças e adolescentes atendidos em OQE no IP-USP é apresentado em três vídeos. Elaborados a fim de inspirar e dar elementos para trabalhos na mesma linha, abordam dos primeiros encontros com os responsáveis ao encerramento do trabalho com eles. São expostas formas de acolhimento de suas expectativas, sofrimentos, assim como de identificação e fortalecimento de suas potências.
São retomados rapidamente fundamentos e princípios, agora pensando como se desdobram no trabalho com os responsáveis. Por exemplo, tem-se o princípio de favorecer a criação de um espaço de expressão potente para que tragam sua versão sobre a queixa escolar e sua produção, problematizem-na e identifiquem caminhos de superação. Além disso, é explicitado o passo-a-passo do atendimento, isto é, retoma-se o percurso mais comum da OQE, a fim de localizar os momentos com os responsáveis.
É discutida, com profundidade, a relevância da participação dos responsáveis. Por exemplo, reflete-se sobre o quanto sua versão sobre a queixa constitui e é constituída na rede de relações que produz, sustenta e pode superar a queixa escolar. Entre os cuidados necessários, ressalta-se a atenção à diversidade das configurações familiares e à culpabilização, principalmente das mães, pelas dificuldades na vida escolar de seus filhos. O primeiro encontro, chamado Triagem de Orientação, com sua preciosidade, funções e manejos, é exposto e ilustrado com exemplos concretos.
Este último vídeo sobre o trabalho com responsáveis aborda os encontros formais (reuniões intermediárias e fechamento), com exceção da Triagem de Orientação, tema do primeiro. O trabalho com momentos informais, sua importância e funções, também é discutido.
Nesta série de vídeos, são abordadas configurações, manejos e instrumentos de trabalho mais frequentes, com aqueles com quem acontece a maior parte do processo OQE: crianças e adolescentes, por vezes mesmo adultos. É possível compreender com concretude e detalhes, como a OQE do IP USP tem atuado, em uma abordagem humanizada e humanizadora, possibilitando a estes atendidos o contato e elaboração crítica de seus processos de escolarização. Deste modo, são produzidos significados vitalizantes e potências são fortalecidas, possibilitando retomadas de desenvolvimento e a afirmação de sua condição de sujeitos.
São apresentadas configurações possíveis do trabalho em OQE. Os dispositivos escolhidos vão na direção de proporcionar espaços de cuidado não só para crianças/adolescentes, mas também para seus responsáveis e escolas.
É abordado o momento inicial do processo de encontros com as crianças/adolescentes, iniciando pela discussão de sua grande importância. A escolha de materiais de trabalho, a fim de que o atendido possa apropriar-se e elaborar suas questões escolares como ser integral, por meio de experiências potencializadoras, é detalhadamente apresentada. São expostos os objetivos principais deste primeiro encontro, como a criação de um vínculo de confiança e o oferecimento de uma experiência de ser compreendido, assim como fenômenos que costumam estar presentes nesse momento fundante.
Neste vídeo, temas, histórias, desafios e percursos frequentes no atendimento OQE são abordados, assim como diretrizes e caminhos de compreensão e manejos que favorecem a superação das dificuldades e sofrimentos em uma perspectiva crítica e transformadora. Explicita-se o caráter artesanal do processo, em que a singularidade é cuidadosamente observada, o que se reflete, por exemplo, na utilização de ambientes vitalizantes que podem diferir bastante do setting terapêutico comum e em procedimentos de avaliação psicológica e de inteligência sem a presença de testes padronizados.
Neste vídeo, são discutidas estratégias possíveis de atendimento a fim de possibilitar que crianças/adolescentes tragam suas experiências escolares, com relações e conteúdos pedagógicos, como a escrita. Assim torna-se possível a ressignificação crítica destas e, apropriação e retomada de desenvolvimento de conhecimentos e a construção de uma narrativa própria sobre a vida cotidiana nas escolas.
Aproximando-se o momento de despedida das crianças/adolescentes, que questões costumam estar postas? Como preparar o encerramento do processo OQE e manejar conteúdos frequentes nos encontros finais dessa modalidade de trabalho? São perguntas que este vídeo procura responder.
O trabalho da OQE aposta no encontro de saberes e versões dos diferentes personagens da trama das queixas escolares a respeito de sua produção, como dispositivo potente para movimentar discursos que se constituem na rede de relações das quais emerge. Neste conjunto de vídeos, são apresentados modos e instrumentos com os quais a escola e seus saberes são inseridos diretamente no atendimento. Esta inserção visa construir uma interlocução e integração de trabalhos entre terapeuta e educadores, de modo a favorecer que os objetivos da OQE sejam alcançados.
Os fundamentos e o processo dos atendimentos OQE são retomados, contextualizando a construção do diálogo com a escola. Este é realizado, basicamente, por meio de dois dispositivos: o questionário e a visita escolar, ambos utilizados com a participação da criança/adolescente atendido. Neste vídeo, o questionário é minuciosamente apresentado, explorando-se a lógica de construção de cada pergunta.
O questionário insere-se em um momento específico do atendimento e tem se revelado um precioso instrumento de trabalho inclusive com o atendido, desde que este participe de sua utilização, assim como de preparação de um contato direto bem sucedido com a escola. O mesmo ocorre com a visita escolar, momento que, se bem preparado e lidado, pode produzir mudanças importantes, por vezes cruciais, para um processo OQE ser bem sucedido. Neste vídeo, são apresentados caminhos de construção destes contatos com a escola e cuidados necessários.
Apresenta-se como o serviço de OQE do Instituto de Psicologia da USP trabalha com outros participantes significativos da rede de relações da qual emerge a queixa escolar, além do próprio atendido, seus responsáveis e educadores. Podem ser avós, tios, outros profissionais de saúde e instituições não escolares frequentadas pelo atendido. Trata-se de uma busca de integrar e potencializar mutuamente trabalhos e interações.
Tendo em vista que movimentar a rede de relações da qual a queixa escolar emerge é um dos objetivos da OQE, são necessários instrumentos que auxiliem esse fim. O Relatório, tema deste conjunto de vídeos, é um deles. Apresenta-se sua estrutura, circunstâncias em que ele tem se mostrado necessário e efeitos que este documento pode ter na escola, nos responsáveis e nas próprias crianças/adolescentes atendidas. Assim, fica clara sua importância e a necessidade de cuidados complexos em sua produção.
Para além da função de registro, o relatório é um instrumento de intervenção, pois afeta os envolvidos na queixa escolar. Para bem utilizá-lo, é preciso compreender os pressupostos que orientam sua elaboração. Este vídeo expõe tais fundamentos, entre os quais estão as diretrizes para a produção de documentos escritos do Conselho Federal de Psicologia de 2019. Por exemplo: por ter efeitos nas relações e nos indivíduos que solicitam e têm acesso a este documento, é necessária a utilização de uma linguagem precisa e clara àqueles a quem se destina, comunicando conteúdos úteis e escolhidos com ética, embasando as afirmações com cenas e fatos. Desse modo, o relatório poderá contribuir para alcançar os objetivos da OQE.
Primeiramente, é esclarecido a potência que o relatório pode ter para educadores ampliarem e/ou transformarem sua compreensão da criança/adolescente e, assim, melhor trabalharem com ela. São apontados diferentes tipos de solicitação deste documento, que é preciso saber identificar, a fim de lidar bem com estas demandas. Por exemplo: é frequente haver, na verdade, um anseio da escola por uma interlocução direta, uma conversa/reunião presencial com a(o) terapeuta, muito mais do que por algo escrito. Há que estar atenta(o) a pedidos que podem ter objetivos em desacordo com os da OQE, como a obtenção de um laudo medicalizante que justifique exclusões. Por fim, é abordada a estrutura do documento e os elementos que compõem seus segmentos, com exemplos.
Aqui você encontrará vídeos em que autores de referência abordam conceitos e conhecimentos fundamentais para o trabalho em OQE.
O Professor Dr. José Moura Gonçalves Filho (Instituto de Psicologia da USP) trata de questões de dominação, analisando aspectos das relações entre grupos sociais e suas inscrições no psiquismo, ancorado na História e na Psicologia Social. Seu tema de investigação é a Humilhação Social. Por fim, aponta caminhos de superação.
No primeiro vídeo da série, o professor Zeca Moura introduz a ideia da humilhação social como um fenômeno de ordem política e psicológica, atuando seja de maneira explícita, seja velada. Envereda pelas características da dominação e os efeitos da aparência enigmática da humilhação, que impacta dominados e dominadores.
A ação explícita da humilhação social pode ocorrer na interação de apenas dois indivíduos. Contudo, em primeira instância, esse fenômeno pressupõe a ação de um grupo sobre o outro. Neste vídeo, o autor analisa sentimentos dos dominados, com destaque para a angústia e a vergonha, e dos dominadores, tais como a soberba e o “amor à vida do seu grupo” (idiotia política).
“A cultura oral do ser humano é capaz de transmitir golpes antigos para os seus descendentes e se nessa transmissão, não nos reunimos para pensar nesses golpes e eles vão passando, cada vez mais enigmáticos, cada vez mais fragmentados” é uma frase que sintetiza grande parte deste vídeo. Em seguida, o autor aponta duas vias para a superação da humilhação. A escola é pensada e proposta como lugar onde esse movimento pode ocorrer, se tornada lugar de encontro de participação e amadurecimento com o outro, dividindo a angústia.
As pesquisas da Profa. Dra. Marilene Proença Rebello de Souza (Instituto de Psicologia da USP) abordam políticas públicas em educação, formação e atuação de psicólogos e têm, em seu centro, os processos de escolarização. Nesta série de três vídeos, ela discute, criticamente, procedimentos comuns dos psicólogos no enfrentamento das dificuldades na vida escolar, como a utilização de testes padronizados, e o que deles se desdobra. Oferece outras possibilidades, mais potentes, de compreensão e atuação no processo escolar.
Neste primeiro vídeo, a autora apresenta as práticas mais frequentes dos psicólogos frente às queixas escolares e as suas implicações nas famílias, e nas escolas e com outros profissionais. Além disso, discute os usos dos testes psicológicos padronizados em contextos escolares.
Nesta segunda parte, a autora segue abordando a avaliação psicológica e os seus efeitos nos processos de escolarização. Elucida as diferentes relações que se entrecruzam nos acontecimentos escolares como, por exemplo, as familiares. Por fim, propõe práticas de atendimento a queixas escolares que vão na direção do desenvolvimento integral de todos os envolvidos na rede de relações que as produz.
O alto índice de meninos encaminhados para os atendimentos no serviço de Orientação à Queixa Escolar do IPUSP, muito superior ao de meninas, fez com que várias questões surgissem. Na tentativa de entender melhor as razões de fundo que explicariam esse dado, o Portal OQE teve a honra de entrevistar a profª Marilia Carvalho, uma das maiores pesquisadoras na área de gênero e educação. Nesta série composta por dois vídeos, a cientista discorre sobre as diferenças de tratamento e expectativas, que marcam a trajetória escolar de meninas e meninos. Apresentando, de maneira didática e sucinta, dados de pesquisas desenvolvidas ao longo de sua trajetória acadêmica e outros, evidencia que as questões de gênero, acentuadas por critérios de renda e etnia, interferem diretamente na escolarização de crianças e jovens.
Muito se discute sobre a necessidade de ampliarmos a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Os avanços na sociedade, nessa direção, são inegáveis. Porém, Marília Carvalho nos indica que na educação pouca coisa mudou nas últimas décadas. Os dados das pesquisas refletem a desigualdade na escolarização de meninos e meninas. Exemplos disso, são as maiores taxas de evasão e repetência de estudantes identificados como do sexo masculino, especialmente entre aqueles que são negros e de famílias com baixa renda. Essas informações reafirmam a importância de continuarmos discutindo o tema.
Segundo pesquisa desenvolvida pelo serviço de Orientação a Queixa Escolar do IPUSP, mais de 70% dos encaminhados para os atendimentos são meninos. Considerados mais bagunceiros e agressivos que as meninas, fogem ao padrão tido como “adequado” dentro do ambiente escolar. Para a professora Marília Carvalho, isso pode ser diretamente associado à forma, transversalizada pelo patriarcalismo, como meninas e meninos se apresentam e são vistos por seus professores. Além disso, durante a pandemia, foram acentuados problemas anteriores que incidiam sobre a relação diferenciada de meninas e meninos com a escola. Diante desse cenário, falar sobre o tema parece ser a melhor alternativa para que a questão ganhe o destaque que merece e sejam buscadas, na escola e em políticas públicas, soluções possíveis.
Esta série de vídeos desvela raízes do afastamento da natureza e das atividades ao ar livre na vida e na escola atuais, aponta em que grau ele vinha acontecendo antes mesmo da pandemia, os prejuízos e sofrimentos decorrentes e sua medicalização. Mostra caminhos possíveis para uma vida e escola que acolham a necessidade humana de contato com a natureza e, para isto, relata experiências concretas em Educação e Saúde Mental. Por fim, reflete sobre lições das experiências radicais de confinamento que aconteceram na pandemia de Covid-19, trazendo questões e sugestões para a vida pós pandêmica a partir da seguinte indagação: que mundo queremos?
Em dois vídeos da série “Educação, saúde mental e natureza”, a psicóloga Beatriz de Paula Souza abordou que a concepção do ser humano separado da natureza não é natural e causa malefícios. Diante disso, neste terceiro vídeo, são apresentadas outras práticas possíveis em educação e saúde mental que integram o contato com a natureza e as atividades ao ar livre. Para exemplificar que o processo de aprendizagem fora de quatro paredes é possível e benéfico, a psicóloga traz exemplos inspiradores de ricas experiências que aconteceram em escolas de diversos Estados brasileiros.
A pandemia de Covid-19 foi acompanhada pela radicalização do confinamento que trouxe consigo várias questões fundamentais a serem pensadas. Neste vídeo da série “Educação, saúde mental e natureza”, a psicóloga Beatriz de Paula Souza traz reflexões como: que lições podemos tirar do que temos vivido? Como vai ser daqui para frente? Que transformações aconteceram? Enfatiza a importância de discutir a seguinte pergunta: que mundo queremos? Uma vez que o contexto pandêmico pôs em evidência os malefícios de se estar constantemente em espaços fechados, ressalta que é preciso evitar cair no saudosismo e superar situações que não eram boas anteriormente, ou seja, estar conectado com a matriz e não se deixar ser engolido pela “matrix”.
Neste vídeo da série “Educação, saúde mental e natureza”, a psicóloga Beatriz de Paula Souza faz um panorama histórico-cultural sobre concepções da relação “ser humano – natureza”, trazendo elementos de diversos povos e culturas, atuais e da Antiguidade. Discute o quanto compreender nossa pertença à natureza e viver levando-a em conta é imprescindível e altamente benéfico, especialmente para o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Relaciona tais informações com a atual forma de ensino predominante, fazendo a crítica da escola racionalista, que entende o ser humano como separado da natureza e que propõe, com ela, uma relação de dominação, utilitarismo e mercantilismo.
A vida confinada já era uma realidade antes da pandemia de COVID-19. De acordo com pesquisas nacionais e internacionais, crianças e adolescentes frequentavam cada vez menos espaços ao livre, vivendo entre quatro paredes em uma proporção de tempo alarmantemente prejudicial de vários pontos de vista. A escola comum aprofunda este modo de vida: as aulas e demais atividades são, na grande maioria das vezes, realizadas em ambientes confinados. Tamanha deficiência de atividades ao ar livre e em contato com a natureza acarreta diversos prejuízos ao desenvolvimento físico e emocional em todas as faixas etárias. Para lançar luz a esse tema tão relevante quanto pouco percebido, Beatriz de Paula Souza apresenta, neste vídeo da série “Educação, saúde mental e natureza”, um panorama geral sobre os danos provocados por uma rotina em confinamento.
Esta série de vídeos traz reflexões e propostas de modelos de escola diferentes dos mais comuns, em uma perspectiva de educação integral, crítica e emancipadora. Partindo de questões quanto a origem, o projeto de sociedade implícito, parâmetros de funcionamento e os efeitos e subjetividades produzidos pelas escolas convencionais contemporâneas, a série explora fundamentos e princípios de escolas que fogem desse padrão. Aprofunda-se também em práticas educativas que concretizam os projeto político-pedagógico dessas escolas e, por fim, reflete sobre o modo como se utilizaram delas para se adaptarem ao contexto pandêmico com menos dificuldade do que as convencionais
A escola nem sempre existiu na forma convencional, que foi desenvolvida para um projeto específico de sociedade. É sobre isto que a socióloga Helena Singer e a psicóloga Beatriz de Paula Souza nos convidam a refletir, ao longo deste vídeo. Procurando responder questões como: “qual é a origem, o projeto de sociedade implícito e os parâmetros de funcionamento das escolas convencionais contemporâneas?” e “que efeitos e subjetividades estas escolas têm produzido?”, nos mostram como o modelo mais comum de escola já não faz sentido frente ao atual cenário digital e de democratização do acesso à informação, além de ser incompatível com um projeto de sociedade solidária e justa. Assim, indicam a necessidade de transformação desses espaços.
Em uma sociedade na qual a escola se constituiu como projeto, nunca realizado, de democratização do conhecimento, surge o questionamento quanto à possibilidade de outras formas de ensino com projetos sociais emancipadores. Se elas existem, quais são seus parâmetros e funcionamento? Quais práticas educativas as concretizam? Essas questões são ponto de partida para as ideias trazidas pela socióloga Helena Singer e a psicóloga Beatriz de Paula Souza neste vídeo. Ambas refletem sobre a importância das instituições escolares serem espaços de cultivo de valores, costumes, conhecimentos e tecnologias da atualidade, em comunhão com seu contexto social, territorial, cultural e histórico, em contraposição ao modelo convencional de escola, formador de mão de obra para uma sociedade injusta e capitalista, oferecendo alguns exemplos de outras práticas possíveis
No último vídeo da série ”Escolas não convencionais e o que ensinam: outra Educação é possível?”, a socióloga Helena Singer comenta a respeito dos impactos do isolamento social da pandemia da Covid-19 em escolas não convencionais. Discorre sobre como lidaram e lidam com os impactos desse fenômeno. Por fim, cita e explica as particularidades de escolas deste tipo que contribuíram para adaptações às mudanças decorrentes do contexto pandêmico melhor sucedidas do que as realizadas pelas instituições escolares convencionais.